Gilmar França

Gilmar França
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domingo, 26 de dezembro de 2010

" SAIO DO GOVERNO PARA VIVER A VIDA DAS RUAS"




Em tom de despedida, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez hoje o seu pronunciamento de final de ano na rádio e na televisão virar um balanço dos oito anos de mandato, com alfinetadas a antecessores, mensagem de apoio a Dilma Rousseff e as tradicionais doses de ufanismo. "Saio do governo para viver a vida das ruas", disse, numa referência a Getúlio Vargas, que afirmou na carta de testamento sair da vida para entrar na história.

"Homem do povo que sempre fui, serei mais povo do que nunca, sem renegar o meu destino e jamais fugir à luta", continuou o presidente. "Não me perguntem sobre o meu futuro, porque vocês já me deram um grande presente. Perguntem, sim, pelo futuro do Brasil e acreditem nele, porque temos motivos de sobra para isso".

Lula aproveitou a ocasião para exaltar sua sucessora, observando que é "profundamente simbólico" o fato de a faixa presidencial ser passada do "primeiro operário presidente para as mãos da primeira mulher presidenta". "Tenho certeza de que Dilma será uma presidenta à altura deste novo Brasil, que respeita seu povo e é respeitado pelo mundo". Também pediu que a população a apoiasse, assim como o apoiou "em todos os momentos".

Incansável na crítica aos antecessores, o presidente disse que o seu governo afugentou "a onda de fracasso que pairava sobre o País". "Se governamos bem, foi, principalmente, porque conseguimos nos livrar da maldição elitista que fazia com que os dirigentes políticos deste grande País governassem apenas para um terço da população".

Otimista, afirmou que hoje o brasileiro "acredita mais no seu País e em si mesmo" e que o Brasil tem "um encontro marcado com o sucesso". Ele listou uma série de obras - como as hidrelétricas de Jirau, Santo Antônio e Belo Monte - e até o trem de alta velocidade entre São Paulo e Rio, projetos que, segundo ele, "estão entre os maiores do mundo e vão mudar o curso da nossa história".

Lula não economizou na citação de números: falou em ganho real do salário mínimo em 67%; disse que a oferta de crédito alcançou 48% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2010; celebrou o fato de o Luz Para Todos levar, segundo ele, energia elétrica a 2,6 milhões de pequenas propriedades; comemorou os bilhões de dólares de reservas internacionais; destacou o "crescimento recorde de quase 8%" e a geração de 15 milhões de empregos. O pré-sal foi louvado como "passaporte para o futuro" - e sobrou espaço inclusive para o Fundo Monetário Internacional (FMI). "Zeramos nossa dívida com o Fundo Monetário Internacional e agora é o Brasil que empresta dinheiro ao FMI", observou.

Pobres

"Ao mesmo tempo em que realiza grandes obras, o Brasil, acima de tudo, cuida das pessoas, em especial das pessoas mais pobres", disse. "Se governei bem, foi porque, antes de me sentir um chefe de Estado, me senti sempre um chefe de família que sabia das dificuldades dos seus irmãos para colocar comida na mesa". Lula afirmou no encerramento que sua felicidade estará sempre ligada à felicidade "do meu povo".

Em desfecho messiânico, disse que "onde houver uma mãe e um pai com desesperança quero que minha lembrança lhes traga um pouco de conforto", "onde houver um jovem que queira sonhar grande, peço-lhe que olhe a minha história e veja que na vida nada é impossível".
"Vivi no coração do povo e nele quero continuar vivendo até o último dos meus dias. Mais que nunca, sou um homem de uma só causa e esta causa se chama Brasil". Apesar dos superlativos e do ufanismo, o bordão "Nunca antes na história deste País..." ficou de fora do pronunciamento do presidente.

Fonte: Agencia Estado- Rafael Moraes Moura

MULTA DE 40% SOBRE DEPÓSITOS DO FGTS

Anteriormente, o trabalhador se aposentava e necessariamente deveria se desvincular da empresa. Hoje, o trabalhador pode continuar exercendo as suas funções, mesmo aposentado, dentro da empresa. Também, pelo entendimento anterior, o empregado que buscasse sua aposentadoria e seguisse trabalhando perderia o direito ao recebimento da multa de 40% do FGTS.

Foi o que aconteceu com o empregado da Tecno Moageira. Após 22 anos de trabalho ele se aposentou e continuou exercendo as suas funções dentro da empresa. Até chegar o momento em que foi demitido. Nesse caso, ele precisou entrar com ação trabalhista, buscando a diferença dos 40%, pois a empresa havia pago a multa de 40% somente sobre os depósitos de FGTS posteriores à aposentadoria.

Após longa e árdua discussão judicial, o empregado, por meio da Assessoria Jurídica do Sindicato – Woida, Forbrig, Magnago & Advogados Associados – obteve através de ação rescisória, em Brasília, vitória, garantindo o direito a receber a totalidade dos 40% sobre o FGTS referente a 22 anos de trabalho anteriores à aposentadoria.

Publicado em 23/12/2010

Fonte: Woida, Forbrig, Magnago & Advogados Associados

HPSC CAI DA 2ª PARA 50ª POSIÇÂO ;GRACINHA É O 22º

Com direito a grande publicidade, a administração Jairo Jorge comemorou, em 2009, o segundo lugar do Hospital de Pronto Socorro de Canoas (HPSC) na Pesquisa de Satisfação dos Usuários do SUS realizada pela Secretaria Estadual de Saúde.

O jornal O Timoneiro alertou quando saiu este resultado que, apesar do segundo lugar, os serviços vinham em decrescente qualidade e que, em vez de comemorar, devia-se lamentar ter caído do primeiro lugar do ano anterior, 2008.

Na pesquisa de 2009, o período da pesquisa havia coletado informações dos pacientes do SUS atendidos no HPSC somente no primeiro semestre do atual governo, e o restante ainda do anterior, e já havia decréscimo na avaliação.

A pesquisa recém divulgada contempla entrevistas durante o período entre o mês de setembro de 2009 e junho de 2010. O Timoneiro tem denunciado, durante todo este período, que o caos na saúde canoense também afeta o Pronto Socorro com muita força.

Canoas não figurou com nenhuma de suas instituições entre as vinte melhor avaliadas em 2010. O HPS ficou atrás, por exemplo, de hospitais de cidades pequenas como Capão da Canoa, Torres e Panambi.

O HSPC ficou neste ano na 50ª colocação em satisfação nos atendimentos pelo SUS, com 7,38 pontos. O Hospital Nossa Senhora das Graças ficou em 2º, com 8,51 pontos.

Fonte: O Timoneiro

COMISSÃO VISITA GRACINHA E COMPROVA CALAMIDADE

O Conselho Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul emitiu um relatório a respeito da visita que a sua comissão permanente de fiscalização fez ao Hospital Nossa Senhora das Graças no dia 5 de novembro. A visita foi realizada depois que o Conselho recebeu uma carta do filho do paciente João Alfredo Batista, que em agosto foi internado e recebeu um atendimento precário no Gracinha.

Os apontamentos mostrados no relatório e as fotografias que a comissão apresentou trazem a público uma situação calamitosa e desumana dentro de uma das principais casa de saúde da Região Metropolitana.

Remendos

As informações apresentadas pela comissão dão conta de que na UTI do Gracinha os medicamentos são guardados em caixas de plástico que estão com suas tampas quebradas e remendadas com esparadrapo.


Falta de higiene

Foram encontradas no hospital lixeiras improvisadas feitas com baldes furados. O relatório diz que as cadeiras de metal estão enferrujadas e que embora a instituição possua bacias e papagaios de inox, estes se encontravam sujos na ocasião da visita.


A comissão encontrou também paredes mofadas e janelas sem proteção de tela para evitar entrada de insetos. Em algumas enfermarias os banheiros estão em péssimas condições, inclusive com ralos tapados com plásticos.


Pacientes reclamaram à comissão que as roupas de cama são trocadas apenas de três em três dias. Já as mesas de cabeceira são de ferro e estão enferrujadas. Quatro pacientes relataram que os alimentos são colocados sobre estas mesas apenas protegidos por um único guardanapo de papel.


Foi constatado que a rouparia não tem lençóis suficientes e que na ocasião da visita materiais que eram destinados à entrega no HPSC estavam no chão.

Ferrugem

Os carrinhos utilizados para transporte de roupas também foram apontados como inapropriados, além disso, estão enferrujados.

Falta de cuidados

Foi verificado que existem pacientes colocados em camas sem proteção lateral. Além disso, alguns deles não estão identificados em suas camas. No isolamento da UTI uma única funcionária cuida dos pacientes.
Também foi visto que pacientes aguardam cirurgias em macas igualmente sem proteção e sem identificação. Além disso, são usados aparelhos de oxigênio conjuntos para mais de um leito.

Cozinha

O relatório informa que um auto de infração já foi aplicado no Hospital, tendo o técnico da Vigilância Sanitária de Canoas prometido enviar cópia deste documento à comissão.


Salas

A sala de recuperação também preocupou a comissão. O local não tem paredes montadas e as cortinas estão sem utilização. Com isso, os procedimentos são realizados sem privacidade para os pacientes. As salas cirúrgicas foram consideradas em péssimas condições pelos representantes do conselho. Paralelamente, o centro de material esterilizado está praticamente pronto para a utilização, mas seu "arsenal” está oxidado e foi entregue pelos componentes do grupo de fiscalização à enfermeira chefe do setor. Na sala de esterilização a autoclave do banheiro está sem condições de uso.

Fonte: O Timoneiro - Emerson Vasconcelos

FUNDAÇÃO MUNICIPAL DE SAÚDE É APROVADA NA CÂMARA

Mesmo com a mobilização de sindicatos e com protestos de servidores municipais da Saúde, a Câmara aprovou na última quarta-feira, 22, projeto do Executivo que cria a Fundação Municipal da Saúde de Canoas (FMSC). Durante a sessão, um grupo de funcionários tentou evitar a aprovação da proposta, que consideram prejudicial à categoria. Nem o protesto, nem as críticas da oposição surtiram efeito. A proposta resultou aprovada por 10 votos a quatro.


No entanto, o que se viu no plenário da Câmara não foi a postura que a população espera daqueles que foram eleitos para representá-la. Antes da votação, integrantes de uma comissão especial da Câmara, criada para analisar a proposta, apresentaram emenda ao projeto original. Os vereadores Aloísio Bamberg e Eri Lima, ambos do PSDB, consideraram que ela não poderia ser votada porque só havia sido encaminhada aos vereadores naquele dia, impossibilitando uma análise mais detalhada. Os petistas Nelsinho Metalúrgico e Emílio Neto contestaram os argumentos da oposição e defenderam a aprovação do projeto com a emenda.


O problema é que estas discussões não foram feitas de modo civilizado e sim aos gritos. Em certos momentos os vereadores Emílio Neto e Aloísio Bamberg chegaram a evocar o nome de um ex-colega da Câmara para comparar as suas atitudes. O presidente Mossini precisou pedir recesso para que os ânimos se acalmassem.


Uma discussão interna da bancada do PSDB tomou proporções públicas também na ocasião. Quando o vereador Carlos Eri Lima, líder do partido na Câmara, pediu aos colegas Airton Souza, Patricio e Bamberg que estes votassem contra a Fundação e explicou que isto era uma determinaçãoque veio do diretório do partido, nem todos aceitaram. Airton pediu a palavra, disse que não reconhece Eri como líder do partido e afirmou que não sabia de nenhum pedido do partido. Mais tarde, na votação, foi o único da bancada do PSDB a votar favorável ao projeto e contra os colegas.


FundaçãoA Fundação irá integrar a administração pública Indireta do Município, com a responsabilidade de gerenciar as unidades municipais de prestação de serviços de saúde. Será uma fundação pública de direito privado, sem fins econômicos. Terá também autonomia gerencial, patrimonial, orçamentária e financeira, e quadro de pessoal próprio, constituído por servidores cedidos e funcionários concursados e contratados pela CLT.


Desde a divulgação da idéia da Prefeitura de criar uma fundação para gerir a saúde no município, diversos sindicatos e entidades vêm alertando para a possível inconstitucionalidade do projeto, já que pela constituição o Estado é o responsável pelo atendimento básico. Além disso, há a preocupação sobre os processos seletivos para contratação nesta fundação e sobre a situação dos atuais trabalhadores quando houver a migração da gestão, que deve ocorrer em cerca de dois anos.

Fonte: O Timoneiro

SINDISAÚDE PEDE INTERDIÇÃO DO HOSPITAL MÃE DE DEUS

Setor de Serviço de Arquivo Médico apresenta problemas na rede elétrica
O Sindisaúde-RS entregou na manhã de hoje pedido ao titular da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, Heron de Oliveira, para que o setor de Serviço de Arquivo Médico do Hospital Mãe de Deus seja imediatamente interditado.

De acordo com o documento entregue pelo presidente do Sindicato, Gilmar França, após um curto-circuito no local, a direção do Sindisaúde verificou que a fiação da rede elétrica e telefônica está totalmente exposta, com emendas e ao alcance da cabeça dos funcionários, já que o pé direito no local não ultrapassa 1m90cm.

Além do risco de morte em função da rede elétrica, para cumprir suas atividades, os trabalhadores precisam se esgueirar entre as tubulações de esgoto, que apresentam vazamento, para se deslocar no ambiente. Localizado em um subsolo, o setor não possui ventilação, fator que pode levar à proliferação de fungos e insetos. Ainda de acordo com o pedido de interdição, naquele ambiente não existe dispositivo de detecção de fumaça, combate a incêndio, alarme, indicação de saída ou ainda saída de emergência e o mesmo possui apenas uma porta, o que dificultaria um resgate no local em caso de necessidade.

Conforme o Sindicato em 2002, uma avaliação do próprio ServiçoEspecializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho da instituição já indicava a situação precária em que encontra o ambiente.

Fonte: Radio Guaiba

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Torneio Intersindical permanece em Lajeado em 2011








Ontem, 11/12, ao encerrar o III Torneio Intersindical Estadual dos Trabalhadores da Saúde – RS, o diretor-presidente da FEESSERS, Milton Kempfer, anunciou que a quarta edição vai se realizar novamente em Lajeado. Ele também disse que a realização do torneio de 2011 vai coincidir com a volta do Baile Branco que foi comemorado por 17 anos consecutivos na cidade numa promoção da Associação dos Funcionários do Hospital Bruno Born.
Entusiasmado com o vulto do evento, que reuniu cerca de 300 trabalhadores da saúde, o titular da Secretaria da Juventude, Esporte e Lazer (Sejel) da cidade, Carlos Kayser, convidou a Federação para que peça a inclusão do evento no calendário oficial do Município. A Sejel cedeu dois ginásios de esportes gratuitamente para a realização do torneio.
O anfitrião do evento deste ano, Roberto Silva de Souza, presidente do SINDISAÚDE de Lajeado, enalteceu a estrutura do Parque do Imigrante para sediar novamente o evento no próximo ano, prometendo uma organização ainda mais aprimorada. Comemorou a volta do Baile Branco – do qual participou da organização por vários anos – dizendo que o mesmo reunia cerca de três mil pessoas.
Milton Kempfer salientou que a FEESSERS lamentou o ocorrido com o ônibus que transportava os atletas de Porto Alegre, o que acabou prejudicando as equipes da Capital: “fica garantido que, independente da classificação das mesmas, no ano que vem elas estarão disputando os jogos em Lajeado.”

Classificação das Equipes do Torneio de 2010:

1) Futsal Maculino

1º Lugar

SINDISAÚDE São Gabriel

2º Lugar

UNIMED Caxias do Sul

3º Lugar

SINDISAÚDE Alegrete

4º Lugar

Hospital Tachini - Bento Gonçalves

Artilheiro

Everton Rodrigues Cruz (SINDISAÚDE São Gabriel)

Goleiro Menos Vazado

Marcelo Garcia Bardi (SINDISAÚDE São Gabriel)

2) Futsal Feminino

1º Lugar

Hospital Tachini – Bento Gonçalves

2º Lugar

UNIMED Caxias do Sul

3º Lugar

SINDISAÚDE-RS

Artilheira do Futsal Feminino
Michele Oliveira (Hospital Tachini - Bento Gonçalves)

Goleira Menos Vazada
Lilian Baggio (Hospital Tachini - Bento Gonçalves)

3) Voleibol Misto

1º Lugar

SINDISAÚDE Caxias do Sul

2º Lugar

SINDISAÚDE Santo Ângelo

3º Lugar

SINDISAÚDE-RS

4º Lugar

SINDISAÚDE Cruz Alta

domingo, 12 de dezembro de 2010

CINCO EMERGENCIAS DE HOSPITAIS SEGUEM SUPERLOTADAS NA CAPITAL

Clínicas, Conceição, São Lucas, Santa Clara e Ernesto Dornelles operam acima da capacidade de leitos

A noite de sábado exige paciência de quem precisa de atendimento médico nas emergências de Porto Alegre. Ao menos cinco unidades de hospitais que atendem pelo SUS estão superlotadas.
A situação mais crítica é do Hospital Conceição, onde estão internadas 105 pessoas nas 50 vagas disponíveis.

No Clínicas, a situação desta noite está menos grave do que no período da manhã, quando o tempo de espera de casos menos graves chegou a seis horas. Agora à noite, a capacidade da emergência adulta para 49 pacientes está com 90 internados, com o máximo de duas horas de espera para casos com menor gravidade.

O quadro se repete na emergência dos hospitais Ernesto Dornelles, São Lucas e no Santa Clara. No Hospital São Lucas da PUCRS, 35 pessoas estão internadas para apenas 15 leitos, enquanto no Santa Clara são 23 internados para 12 leitos.

Fonte: DIARIO GAÚCHO

QUEM NÃO TEM OLHOS PARA VER TEM QUE TÊ-LOS PARA CHORAR

Outro dia, entrei num supermercado para comprar orégano e adquiri uma embalagem (saquinho) do produto, contendo 3 g, ao preço de R$ 1,99. Normalmente esse tipo de produto é vendido nos supermercados em embalagens que variam de 3 g a 10 g.

cheguei em casa e resolvi fazer os cálculos e constatei que estava pagando R$ 663,33 pelo kg do produto.Será que uma especiaria vale tudo isso ? Agora, com mais este exemplo abaixo de produtos vendidos em pequenas porções, fico com a sensação que as indústrias se utilizam "espertamente" desse procedimento para desorientar o consumidor, que perde totalmente a percepção real do valor que está pagando pelos produtos.

Acho que todos os fabricantes e comerciantes, deveriam ser obrigados por lei (mais uma?) a estamparem em locais visíveis, os valores em kg, em metro, em litro e etc. de todas e quaisquer mercadorias com embalagens inferiores aos seus padrões de referências.Entendo que todo consumidor tem o sagrado direito de ter a percepção correta e transparente do valor cobrado pelos fabricantes e comerciantes em seus produtos.

VEJAM O ABSURDO: Você sabe o que custa quase R$ 13.575,00 o litro ? Resposta: TINTA DE IMPRESSORA! VOCÊ JÁ TINHA FEITO O CÁLCULO?Veja o que estão fazendo conosco. Já nos acostumamos aos roubos e furtos, e ninguém reclama mais. Há não muito tempo atrás, as impressoras eram caras e barulhentas. Com as impressoras a jatos de tinta, as impressoras matriciais domésticas foram descartadas, pois todos foram seduzidos pela qualidade, velocidade e facilidade das novas impressoras.Aí, veio a "Grande Sacada" dos fabricantes: oferecer impressoras cada vez mais e mais baratas, e cartuchos cada vez mais e mais caros.

Nos casos dos modelos mais baratos, o conjunto de cartuchos pode custar mais do que a própria impressora. Olhe só o cúmulo: pode acontecer de compensar mais trocar a impressora do que fazer a reposição de cartuchos.VEJA ESTE EXEMPLO:Uma HP DJ3845 é vendida, nas principais lojas, por aproximadamente R$170,00.. A reposição dos dois cartuchos (10 ml o preto e 8 ml o colorido), fica em torno de R$ 130,00. Daí, você vende a sua impressora semi-nova, sem os cartuchos, por uns R$ 90,00 (para vender rápido). Junta mais R$ 80,00, e compra uma nova impressora e com cartuchos originais de fábrica. Os fabricantes fingem que nem é com eles; dizem que é caro por ser "tecnologia de ponta". Para piorar, de uns tempos para cá passaram a DIMINUIR a quantidade de tinta (mantendo o preço).Um cartucho HP, com míseros 10 ml de tinta, custa R$ 55,99. Isso dá R$ 5,59 por mililitro. Só para comparação, a Espumante Veuve Clicquot City Travelle custa, por mililitro, R$ 1,29. Só acrescentando: as impressoras HP 1410, HP J3680 e HP3920, que usam os cartuchos HP 21 e 22, estão vindo somente com 5 ml de tinta!

A Lexmark vende um cartucho para a linha de impressoras X, o cartucho 26, com 5,5 ml de tinta colorida, por R$75,00.Fazendo as contas: R$ 75,00 / 5.5ml = R$ 13,63 o ml. > R$ 13,63 x 1000ml = R$ 13.636,00 Veja só: R$ 13.636,00 , por um litro de tinta colorida. Com este valor, podemos comprar, aproximadamente:- 300 gr de OURO;- 3 TVs de Plasma de 42';- 1 UNO Mille 2003;- 45 impressoras que utilizam este cartucho;- 4 notebooks;- 8 Micros Intel com 256 MB.

Ou seja, um assalto !Está indignado? Então, repasse este e-mail adiante, pois os fabricantes alegam que o povo não reclama de nada.

*Estes olhos azuis não é só para nos deixar tontos valeu!

Fonte: Rosa

sábado, 11 de dezembro de 2010

INSS CUMPRE DECISÂO JUDICIAL E PAGA AUXILIO-DOENÇA PRORROGADO SEM PERÍCIA

Em cumprimento a decisão judicial, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) iniciou nessa segunda-feira (19) o pagamento do auxílio-doença de segurados que fizeram o Pedido de Prorrogação, mas não conseguiram ter a perícia realizada antes da data fixada para a cessação do benefício. Até então, se a perícia não fosse realizada até a data estipulada para a cessação, o pagamento não era garantido até a realização de novo exame.

Caso a licença fosse prorrogada por existência de incapacidade laboral, o segurado recebia retroativamente à data da suspensão até a nova data fixada. A partir de agora, quando for requerido o Pedido de Prorrogação, o pagamento será mantido até a realização da nova perícia. A mudança na regra se deu em cumprimento de decisão da 14ª Vara da Justiça Federal na Bahia e será mantida pelo INSS enquanto não houver nova sentença judicial.

A perícia médica é a avaliação obrigatória para a concessão dos benefícios por incapacidade, como o auxílio-doença (previdenciário ou acidentário), auxílio-acidente ou aposentadoria por invalidez. O perito médico avalia cada caso individualmente, de acordo com a legislação. O objetivo é verificar se a enfermidade apresentada pelo trabalhador o impede de exercer sua atividade laboral. Ao constatar a incapacidade para o trabalho, o perito médico fixa o tempo para a recuperação da capacidade laboral.

Se o segurado considerar que ainda não se recuperou, nos 15 dias anteriores ao fim do período estipulado pela perícia, poderá solicitar a extensão do benefício. Deve ligar para a Central 135 e requerer um Pedido de Prorrogação. Imediatamente, será agendada nova perícia médica. Pela regra anterior, se a perícia não ocorresse até a data de cessação, o pagamento seria suspenso até a realização de novo exame. Se o segurado não puder comparecer ao exame na data fixada inicialmente, deverá procurar uma Agência da Previdência Social para reagendar a perícia. Nesse caso, o pagamento será interrompido.

Os segurados que fizeram o Pedido de Prorrogação, mas cujos benefícios foram cessados antes do dia 19 de julho por não ter sido realizada a perícia, terão o pagamento reativado, a contar de 19 de julho, até a realização do exame. Já para os segurados cujos benefícios têm data de cessação a partir de 19 de julho, não haverá interrupção do pagamento antes da realização de nova perícia. Em ambos os casos, para que o pagamento continue, é necessário que, na perícia médica, seja constada a permanência da incapacidade para o trabalho.

Fonte: Lucas Fach AgPREV - Agência de Notícias

AUTONOMIA PROFISSIONAL X CORONELISMO NA SAÚDE

Mais uma vez a classe médica perto do apagar das luzes tenta com seu monopólio colocar em votação o PL 7.703 –C/2006


Após as eleições para Presidente, Governadores, Deputados e Senadores, o conselho Federal de Medicina se utilizando da sua força política, tenta, mais uma vez, colocar em votação em caráter de urgência o projeto de Lei PL 7.703-c/2006 antes do final da atual legislatura em Brasília.
O projeto de lei sobre o ato médico, para quem não conhece, começou a tramitar no Senado Federal em 2002: o PL n° 25, de autoria do senador Geraldo Althoff (PFL-SC) e o PL n° 268, do senador Benício Sampaio (PFL-PI).

Em 2004, o senador Tião Viana (PT-AC), relator do projeto na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC), apresentou substitutivo ao PL n° 25 e rejeitou o PL n° 268, inclusive as emendas feitas pelos senadores Leonel Pavan (PSDB-SC) e Sergio Guerra (PSDB-PE). Depois disso o projeto seguiu para Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS), tendo como relatora a senadora Lucia Vânia (PSDB-GO).

Em 2006, a CAS rejeitou a proposta do PL n° 25 e aprovou o substitutivo ao PL n° 268 sem o consenso dos profissionais da área da saúde.
Depois de sua aprovação na CAS, e sem passar pelo debate no Plenário do Senado, o substitutivo do PL n° 268/2002 foi para o Plenário da Câmara dos Deputados, onde recebeu o número 7.703/2006. O pedido para que o projeto de lei fosse debatido antes no Plenário do Senado chegou a ser formulado por 19 senadores, sendo que o mínimo exigido era de 9 senadores. O pedido foi liderado pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF).

Este pedido foi resultado do movimento dos Crefitos 2, 3, 4, 5,10 e 11 e dos milhares de e-mail’s enviados a época pelos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais aos senadores. Porém, o pedido foi retirado, o que impediu que o mesmo fosse debatido no senado antes de ir à Câmara.
Segundo os Conselhos Regionais de Fisioterapia e Terapia Ocupacional e acredito que todas as outras profissões da área da saúde que estão sendo afetadas pelo ato médico, solicitam ao Congresso Nacional que não tenha uma postura parcial em favor de um determinado grupo social. Ainda segundo os Conselhos, ou se faz uma lei genérica para todas as profissões, como ocorre hoje ou reformulam-se as leis de todas as profissões da saúde para garantir a elas as especificidades que os profissionais conquistaram por mérito na prática clínica.

Os profissionais de saúde não são contra a regulamentação da medicina, mas sim contra a forma como o texto do Projeto de Lei está escrito, como exemplo cito: a indicação terapêutica é privativa do profissional médico. Então eu pergunto: o que é indicação terapêutica privativa? É remédio? É exercício? É acompanhamento nutricional? Na verdade não está explicito no projeto de lei PL 7.703/2006 o que vem a ser indicação terapêutica. Se a indicação estiver relacionada ao exercício terapêutico, o mesmo vai contra a autonomia da profissão do Fisioterapeuta que tem um Conselho regional e Federal, vai contra a proposta do Sistema único de saúde (SUS), impedindo a população de ter acesso à saúde integral multiprofissional e multidisciplinar.

Segundo o Dr. Eric Viel (1998), a elaboração de um diagnóstico corresponde a uma conduta ao mesmo tempo refletida e planejada. Uma ou várias avaliações, situadas dentro do contexto e levando em consideração a personalidade do paciente, conduzem ao estabelecimento de um diagnostico balizado. Ainda segundo Viel, o diagnostico é a complexa operação que permite relacionar fatos relatados, mensurações provenientes de testes e exames e os conhecimentos adquiridos com a experiência que constituem o senso clínico.

O diagnostico fisioterapêutico não concorre com o diagnostico médico. Segundo Dr. Óseas Florêncio (conselheiro Coffito – 1998 – 2002), a asma, é um diagnostico nosológico peculiar à abordagem médica.

Esta entidade nosológica, envolvera uma abordagem farmacológica para tratar o distúrbio imunológico envolvido, combatendo o edema de mucosa e o broncoespasmo.
Sob a ótica fisioterapêutica, o paciente não tem asma, mas uma discinesia muscular respiratória associada ao conjunto de distúrbios mecânicos identificados como “limitação do fluxo aéreo”, com diversos componentes cinético-funcionais envolvendo os músculos respiratórios e o comprometimento da biomecânica toraco-abdominal.

Além disso, o Fisioterapeuta se dedica a um exame completo da pessoa considerando todos os sistemas vitais e totais as funções para então, chegar à prescrição. Segundo Viel 1998, o fisioterapeuta determina as soluções funcionais aplicáveis a pacientes cuja vida quotidiana está perturbada por uma anomalia de movimentos.

Convoco a sociedade de uma maneira geral a participar dessa batalha, solicitando a todos que não deixem que seu direito de procurar um profissional fique a cargo de um único profissional da saúde. Um dos critérios básicos da bioética é o respeito à autonomia, cada cidadão tem o direito de agir livremente e ter o direito de escolha.

Estamos apenas começando esta batalha e devemos cobrar dos governantes que o projeto seja discutido pelas Comissões de Constituição e Justiça e de Assuntos Sociais do Senado.

Fonte: Carlos Melo é Fisioterapeuta Pós-graduado em Fisioterapia Desportiva pela UGF e Coordenador do Curso de Fisioterapia UNESA Nova Friburgo

VALA COMUM


Para João Capiberibe, que teve o registro de candidatura anulado, a Lei da Ficha Limpa equiparou corruptos e inocentes. A Sergio Lirio e Rodrigo Martins. Foto: Olga Vlahou
A Sergio Lirio e Rodrigo Martins

O casal João e Janete Capiberibe foram eleitos senador e deputada federal com votação expressiva, mas não sabem se serão diplomados pela Justiça. Na terça-feira 7, a ministra Cármen Lúcia, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou a exclusão dos seus nomes da lista de eleitos no Amapá. Com base na Lei da Ficha Limpa, eles foram considerados inelegíveis, graças a uma condenação em 2002 por suposta compra de votos. O casal não pretende entrar no mérito da sentença de oito anos atrás, mas luta para reverter no Supremo Tribunal Federal a decisão desfavorável que resultou na cassação das candidaturas.

“O período de inelegibilidade previsto na Ficha Limpa é de oito anos. Eu já cumpri esse prazo. Já paguei a minha pena. Justa ou injusta, essa condenação foi cumprida”, afirma Capiberibe, em entrevista a CartaCapital. A situação do casal é sui generis. Caso o cronômetro da nova lei leve em conta a data de registro da candidatura, eles devem perder o mandato (foram condenados em setembro de 2002). Caso a Justiça entenda que, para a aplicação da Ficha Limpa, vale a data da eleição, o prazo de oito anos estaria, como ressalta o ex-governador do Amapá, completamente cumprido. “Esperamos que prevaleça o primeiro entendimento, caso contrário eu seria punido por 10 anos.”

Confira, a seguir, os principais trechos da entrevista:


Carta Capital: O senhor já declarou publicamente que sua cassação é fruto de perseguição política.

João Capiberibe: No meu mandato de governador, eu tomei medidas duras contra a corrupção e o tráfico de drogas, que se apoderou da máquina pública. Não era possível lavar tanto dinheiro do tráfico sem o suporte de outras atividades criminosas. E houve uma ocupação enorme do aparelho do Estado por esse pessoal. A corrupção, em geral, acontece nas duas pontas: ou na arrecadação ou na destinação de recursos. Concentrei o foco nessas pontas, combati a corrupção no estado e, como conseqüência, fui alvo de pedidos de impeachment, tive registros de candidaturas cassados. Tudo por causa das posições que tomei.

CC: Então foi uma retaliação dos grupos que deixaram de lucrar com o governo?

JC: Outra coisa que despertou muito descontentamento foi o fato de eu expor na internet as contas do estado, de contas bancárias ao detalhamento das despesas. Isso, de certa forma, pressionou todo mundo a fazer o mesmo, inclusive o Legislativo e o Judiciário. Na eleição de 2002, nós concorremos. A Janete [Capiberibe, mulher do ex-governador amapaense] foi a deputada federal mais votada. Eu não fui o mais votado, fiquei em segundo lugar, mas também me elegi para uma cadeira do Senado. É nesse momento que o PMDB entra com um processo de investigação eleitoral baseado em duas acusações. Uma é a de que eu teria desviado 365 milhões de reais ao sair do governo. Além disso, me acusaram de ter comprado os votos de duas mulheres com 26 reais.

CC: Razão pela qual o senhor perdeu o mandato.

JC: O curioso é que essa denúncia não prosperou no Tribunal Regional Eleitoral, que nos declarou inocentes. Mas o PMDB não desistiu e levou a denúncia para Brasília, para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em abril de 2004, os ministros da Corte cassaram nossos registros e, consequentemente, os mandatos. Recorremos ao Supremo Tribunal Federal (STF) e a disputa avançou até dezembro de 2005, quando eu perdi o mandato. E a Janete perdeu um ano do seu mandato em janeiro do ano seguinte. Em 2006, voltei a me candidatar ao governo do estado e perdi. Mas minha mulher foi eleita a deputada mais votada, com 10,25% dos votos. E o governo que assumiu era a quadrilha que eu denunciava. Eles saquearam o estado. A Polícia Federal fez quatro operações no Amapá, a última delas em setembro deste ano. Prendeu o ex-governador, o governador atual, diversos secretários, alguns empresários. Até em função disso, decidi me candidatar novamente. O TSE homologou nossas candidaturas, mas o PMDB e o Ministério Público Eleitoral recorreram ao TSE. E lá tivemos a candidatura cassada.

CC: O senhor fala sobre a atuação do PMDB, mas, há algum tempo, dizia que as denúncias eram obras de José Sarney.

JC: Pelas brigas que compramos no estado, imaginávamos ter algum tipo de problema na Justiça local, no TRE. Não foi o que aconteceu. Perdemos no TSE. Não posso dizer que o Sarney teve participação direta, mas os advogados que nos acusaram eram advogados na mesa do Senado, quando o Sarney era presidente da Casa. Há um dedo do Sarney nesse processo. Cassaram o meu mandato em 2002 e, agora, estão me jogando na Lei Ficha Limpa. Recorremos, mas no dia 30 de setembro, dias antes da eleição, cassaram meu registro. Na verdade essa é uma questão política, uma disputa antiga que se transformou numa briga jurídica.


CC: E como ficou a acusação dos 365 milhões de reais supostamente desviados?

JC: O Ministério Público Federal mandou a PF verificar a história. Houve uma ampla investigação e eles concluíram que não houve desvio de dinheiro coisa nenhuma. Na disputa pelo orçamento em 2002, a Assembléia Legislativa entrou com ações na Justiça para exigir a liberação de recursos. Se o desembargador dava sentença favorável, o governo era obrigado a depositar o que tinha na sua conta para a Assembléia. Eles usaram essa artimanha duas vezes. Na terceira, o então secretário de Fazenda estava preparado e tirou todo o dinheiro das contas do estado, transformou os recursos em cheques administrativos. Quando o desembargador concedia alguma liminar, não havia dinheiro na conta para efetuar o pagamento imediato, então dava tempo de recorrer da sentença em instâncias superiores. Mas depois os cheques voltavam a ser convertidos em dinheiro nessas contas do governo estadual. Os 365 milhões de reais eram a somatória desses cheques. A polícia verificou todas as operações e contatou que não houve desvio de recurso algum. Eu cheguei a ingressar no Supremo Tribunal Federal contra meus acusadores, por denunciação caluniosa, mas a Corte não me permitiu processá-los criminalmente.


CC: Qual é a sua expectativa em relação à manutenção do mandato de senador, que pode ser cassado pela Ficha Limpa?

JC: É positiva. Sem entrar no mérito da condenação de 2002, o período de inelegibilidade previsto na Lei Ficha Limpa é de oito anos. Eu já cumpri esse prazo. Já paguei a minha pena. Justa ou injusta, essa condenação foi cumprida. Mas também quero me diferenciar de outros políticos, notadamente corruptos, que estão na mesma vala que eu, barrados pela lei Ficha Limpa.

CC: Qual é a sua opinião sobre a Lei Ficha Limpa?

JC: A lei colocou todos na mesma vala comum, os corruptos e os inocentes que ainda aguardam decisão da Justiça. A Ficha Limpa, na verdade, veio para preencher um vácuo que existe no Judiciário. Na ausência ou demora de decisões judiciais, para eliminar de vez os maus políticos da vida pública, criou-se a Ficha Limpa. Mas quem deveria cumprir essa tarefa é o Judiciário. O processo contra o Jader Barbalho, por exemplo, se arrasta na Justiça há 15, 20 anos. Ora, se ele é culpado ou inocente, essa decisão deveria ter sido tomada há muitos anos. Não deveria haver necessidade de criar uma lei para impedi-lo de assumir. A mesma coisa vale para o Paulo Maluf, condenado por um ato do tempo em que era prefeito de São Paulo. Só que ele governou até 1996. Como não existe uma decisão final sobre esse caso? Por isso sou favorável à eliminação do foro privilegiado.


CC: Por que exatamente?

JC: Isso é uma excrescência, o político deveria ser tratado como um cidadão comum. Foro privilegiado é algo tão pernicioso como a cela especial para presos com nível superior. Criamos, no Brasil, uma diferenciação de classes no mundo do crime. Além disso, o foro privilegiado atrasa o julgamento dos crimes contra a administração pública. No dia em que o Judiciário julgar a todos sem distinção e com celeridade, não haverá impunidade nem a necessidade de uma lei como o Ficha Limpa. A lei para suborno, para chantagem, já existe no Código Penal. Não precisa criar uma específica para compra de votos, a ser usada pela Justiça Eleitoral.

CC: Diante de tantos problemas na trajetória pública, o que o motiva a continuar na política?

JC: Eu sou um militante político. Qualquer político liberal teria feito suas malas e partido para outra atividade. Eu fiquei preso por um ano na época da ditadura. Depois passei dez anos no exílio. Vivemos na Bolívia, no Chile, no Canadá e em Maputo, a capital do Moçambique. Voltei para cá e disputei minha primeira eleição em 1982, mas perdi. Seria eleito prefeito de Macapá em 1988. Eu queria saber como era aplicado o dinheiro público, sempre tive essa curiosidade. As informações sobre aplicação, arrecadação e gastos não existia. Começaram a aparecer após a Constituição de 1988 e agora elas estão muito mais abertas.


CC: Essa transparência se deve a algum fator específico?

JC: Em parte, deve-se à Lei de Responsabilidade Fiscal, que toda a esquerda foi contra. Eu me orgulho de ser o único governador que era a favor naquela época. Eu mesmo criei uma lei com essa finalidade, a Lei Complementar 131, que aumentou enormemente a exposição de informações públicas pela internet. A norma entrou em vigor neste ano. Apesar desse meu compromisso com a transparência, talvez eu seja o político mais cassado do Brasil. Uma ocorreu na época da ditadura. Na verdade, fui caçado com cedilha. A outra ocorreu um 2002 e mais uma vez agora.


CC: Por que o senhor acredita que a Ficha Limpa não se aplica ao senhor?

JC: A lei eleitoral diz que as causas de inelegibilidade são apuradas no momento em que você registra a candidatura, salvo algumas mudanças que possam ocorrer no transcurso das eleições. Ou seja, uma alteração na lei, algum fato novo. Nossa esperança é que analisem nosso caso separadamente, e não seguindo o entendimento aplicado a todos indistintamente.

Fonte: Sérgio Lirio e rodrigo Martins

Revista Carta Capital

TRABALHADORES FARÃO PROTESTO EM FRENTE AO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

Os funcionários do Hospital Universitário da Ulbra, em Canoas, realizarão na próxima segunda-feira (13/12), às 9h, um manifesto contra o modo como está sendo realizada a transição da gestão da instituição hospitalar.

Profissionais do setor de Recursos Humanos do hospital estão condicionando a assinatura e cumprimento do aviso prévio em troca da garantia de que os trabalhadores participarão do processo seletivo que recrutará o novo quadro funcional para a gestão do Grupo Mãe de Deus.

Local: Hospital Universitário da Ulbra.

Av. Farroupilha, 8001 – Canoas/RS

horário: 13 de dezembro (segunda-feira), às 9h.

FONTE: SINDISAÚDE RS

MULHER COMPRA HOSPITAL ONDE CONTRAIU HIV

Uma ex-paciente que contraiu o vírus HIV na Santa Casa de Araras, no interior de São Paulo, há 24 anos, comprou parte do edifício que foi colocada em leilão para angariar verbas para o pagamento da sua indenização.

A instituição foi condenada a pagar uma indenização milionária à mulher e a alternativa proposta pela Justiça para levantar o dinheiro foi colocar o prédio à venda.
Na primeira tentativa não houve lances. Na segunda, apenas um representante da paciente compareceu e disse que a opção de se tornar proprietária e depois revender o prédio pareceu mais atraente.

Foram feitas várias propostas, até chegar ao valor de R$ 9 milhões, quantia aceita pelo juiz. Contudo, a mulher terá que depositar cerca de R$ 60 mil referentes à diferença entre indenização e ao arremate. O advogado dela afirmou que o hospital não será fechado.

FONTE: DIARIO DO GRANDE ABC

MÉDICOS CRITICAM OFERTA DE LEITOS DO SUS A PLANOS DE SAÚDE EM SÃO PAULO

São Paulo - O representante do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) Renato Azevedo Junior avalia que a oferta de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) a convênios e planos de saúde vai aumentar filas e a espera por atendimento.

Projeto de Lei Complementar (PLC), apresentado pelo governador Alberto Goldman (PSDB), prevê destinar 25% da capacidade das unidades públicas especializadas e de alta complexidade para empresas de medicina de grupo.

"Vai ter fila dos 25% (de conveniados) e dos 75% (que terão redução de leitos no serviço público)", vaticina Azevedo, durante audiência pública realizada pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de São Paulo, na terça-feira (7).

Azevedo questionou deputados para a viabilidade do PLC, diante da constante falta de leitos. "Estão faltando leitos (nos hospitais públicos), mas estão tentando vender os leitos?", indaga.

Segundo o médico, o projeto não vai solucionar o financiamento da saúde. Entretanto, os efeitos colaterais serão danosos à população com a criação da "dupla porta", caracterizada por atendimentos diferenciados para usuários do SUS e para quem tem planos de saúde. "A dupla porta vai acontecer quer queiram ou não. A lei não prevê, mas a realidade vai prevalecer", indica.

Cid Carvalhaes, da Federação Nacional dos Médicos, também criticou a intenção do governo estadual paulista de destinar um quarto dos serviços do SUS ao sistema privado de saúde. "Esse projeto é lesar o legítimo interesse da população", dispara.

Oposição
Em entrevista à Rede Brasil Atual, o deputado estadual Fausto Figueira (PT), presidente da Comissão de Saúde da Casa Legislativa, afirmou que a opinião de médicos, sindicalistas e demais profissionais da área é desfavorável ao projeto.

Ele acredita que a aprovação da lei vai aumentar o déficit de leitos públicos. "Evidentemente que criará uma triagem para que haja mais leitos para o sistema privado dentro do sistema que já é precário", antevê.

Figueira também descarta a ideia de que o projeto vai possibilitar a cobrança dos planos de saúde por serviços do SUS. "Essa desculpa de criar lei para conseguir cobrar dos planos o que é utilizado no serviço público é uma falácia. Já existe legislação estadual e federal para isso", aponta o parlamentar.

O deputado promete resistência dos deputados da oposição ao PLC.

Defesa

Para o deputado Samuel Moreira (PSDB), se aprovado, o projeto vai ampliar os recursos de saúde, com o ressarcimento dos serviços destinados à empresas de saúde privadas. "A legislação faz justiça", disse.

Apesar de convidado, o secretário Estadual de Saúde Nilson Ferraz Paschoa não compareceu à audiência pública.

'É impossível operacionalizar' projeto de Goldman para o SUS, diz Sindsaúde

São Paulo - Para o presidente do Sindsaúde-SP, Benedito Augusto de Oliveira (Benão), não há como regulamentar a separação de leitos do Sistema Único de Saúde (SUS), para pacientes do sistema público e de empresas privadas, como propõe o projeto de lei complementar 45/2010, apresentado pelo governador de São Paulo Alberto Goldman (PSDB). O projeto, em análise na Assembleia Legislativa de São Paulo em regime de urgência, prevê destinar 25% da capacidade das unidades públicas de saúde especializadas e de alta complexidade a planos de saúde.

"É impossível operacionalizar (essa proposta)", aponta. "A pessoa está doente e você vai dizer a ela que ficou nos 26% e são só 25%. Isso é um crime. O contrário também em relação aos 75%", elabora. O governador de São Paulo, Alberto Goldman, está fazendo uma "antipolítica", conceitua o dirigente sindical, durante audiência pública realizada pela Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de São Paulo, na terça-feira (7).

Em entrevista à Rede Brasil Atual, ele explicou que as demandas universais das políticas sociais estão em constante mudança e "não têm mensuração". "Leito não é uma coisa estática. Cada dia, cada semana há um número à disposição", esclarece.

Rogério Gianini, do Sindicato dos Psicólogos, analisa que a medida vai causar fragilização do Sistema Único de Saúde (SUS). "Os melhores serviços vão ser disputados pelos planos e os serviços que são 100%, serão 75%", critica.

A implantação do projeto deve criar o que os especialistas da área chamam de "dupla porta", antevê o dirigente sindical. "Vai ter dupla porta fisicamente mesmo", adianta. "Uma entradinha para o SUS e outra para o plano privado", sublinha Gianini.

Benão e Gianini apostam que os principais beneficiados pela oferta de leitos do SUS aos planos privados serão as empresas que controlam convênios e planos de saúde. "Eles atendem cada vez mais pessoas e com isso não precisarão fazer novas instalações", dispara. "E ainda terão acesso ao que há de melhor (em serviços públicos de saúde", define Gianini.

"Eles devem estar comemorando. É um negócio da China", compara o representante do Sindicato dos Psicólogos.

Insistência
Benão vê com preocupação a insistência do governo do estado de São Paulo em "vender leitos públicos". A mesma proposta foi vetada no final do ano passado pelo então governador José Serra (PSDB), após a repercussão negativo do projeto.

"A insistência em privatizar a saúde em São Paulo não tem similaridade no Brasil", anuncia. "O lucro não será remetido ao estado. É uma mentira que essa cobrança vai salvar o sistema. Ele precisa de muito mais recursos, são equipamentos de alta tecnologia", descreve o presidente do SindSaúde.

FONTE: PORTAL REDE BRASIL ATUAL

HOSPITAL DE CLÍNICAS DESCARTA REABRIR HOSPITAL LUTERANO DA ULBRA EM JANEIRO

Direção pode retomar apenas parte dos serviços de saúde em 2011

A direção do Hospital de Clínicas de Porto Alegre descartou, nesta terça-feira, reabrir o Hospital Luterano da Ulbra, fechado há quase dois anos, no mês de janeiro. A retomada dos atendimentos para o início de 2011 foi anunciada em setembro por representantes do Ministério da Saúde.

Nesta segunda-feira, a Justiça Federal de Canoas determinou a transferência do imóvel para o patrimônio da União, que aceitou assumir o hospital como abatimento de parte da dívida da universidade. Em outubro, o Ministério da Educação decidiu transformar o Luterano em uma extensão do Hospital de Clínicas. O novo gestor, contudo, ainda precisa tomar posse do imóvel e dos equipamentos, mas não há previsão para que isso ocorra.

A diretoria do Clínicas espera um comunicado oficial do MEC para que possa iniciar os trabalhos e adequar as dependências do Luterano. Os 122 leitos do SUS serão direcionados para internações de média complexidade e também de dependentes químicos adultos, principalmente de crack. Os gestores cogitam a possibilidade de reabrir apenas parte dos serviços no próximo ano.

FONTE: CORREIO DO POVO

MÉDICO É PRESO POR COBRAR CIRURGIA DE PACIENTE DO SUS EM BAGÉ

PF fez a prisão em flagrante após orientar autor da denúncia a fazer o pagamento

A Polícia Federal de Bagé prendeu nesta terça-feira um médico urologista de 65 anos, acusado de cobrar R$ 5,5 mil de um paciente de uma cirurgia abdominal. Porém, a conta já havia sido enviada para o pagamento pelo Sistema Único de Saúde, por meio da Santa Casa de Caridade de Bagé.

Segundo o delegado Mauro da Silveira, o filho do paciente contou que o médico iniciou uma espécie de barganha, e acabou aceitando o pagamento de R$ 2 mil. O pagamento, realizado nesta terça-feira à tarde, foi gravado em áudio e vídeo pela Polícia Federal, que orientou e equipou o autor da denúncia para realizar o flagrante.

O médico foi recolhido para a Delegacia da Polícia Federal de Bagé, onde ficou até o final da noite. Por determinação da Justiça Federal, foi encaminhado para a prisão domiciliar. A Justiça acolheu a solicitação do acusado para não ser recolhido ao Presídio Regional de Bagé apresentou um atestado do seu médico particular de que é portador de doença cardíaca.

ULBRA NEGOCIA PARA PAGAR RECISÕES DO HOSPITAL UNIVERSITARIO

Com a definição do Sistema Mãe de Deus como novo gestor do Hospital Universitário da Ulbra, a reitoria dedica sua atenção ao planejamento da rescisão dos cerca de 700 funcionários da unidade. Estimado em R$ 20 milhões, o custeio dos direitos trabalhistas depende da liberação de valores bloqueados da universidade, o que vem sendo negociado com a Advocacia-Geral da União e Justiça Federal de Canoas.

Até o momento, a folha de pagamento do HU representa um déficit mensal de R$ 1,8 milhão no orçamento da Ulbra, segundo o reitor Marcos Ziemer. Ele comenta que a cessão da casa de saúde ao Município, pelo período de cinco anos (prazo em que será administrado pelo Mãe de Deus), é uma das etapas do plano de reestruturação da instituição de ensino, que busca atingir o equilíbrio em 2011. "Resolvido o HU e os hospitais de Porto Alegre, estará saneado o fluxo de caixa da universidade", afirma. O prefeito Jairo Jorge salienta que com a ativação de novas áreas para ampliação do atendimento a partir de 1º de janeiro de 2011, a unidade deva requerer o preenchimento de 1 mil postos de trabalho.

Aproveitamento em estudo

De acordo com o diretor superintendente do Sistema Mãe de Deus, Cláudio Seferin, a contratação dos atuais servidores do HU é uma "questão delicada". Apesar de prever a geração de emprego maior com a abertura de novas áreas, no período inicial deverá manter um quadro mais enxuto. "Tenho respeito ao corpo funcional, mas será necessário conhecer perfil dos funcionários e onde estão distribuídos. Vamos aproveitar, se não a totalidade, grande parte", adianta.

"Ganho para estudantes"

Reafirmando o foco da Ulbra em educação, o reitor Marcos Ziemer comenta que a base do contrato de cessão do HU à Prefeitura busca garantir a formação de alunos da área de saúde, com exclusividade aos da universidade, dentro da unidade. "Será um ganho para os estudantes o hospital funcionando a pleno", avalia, diante das especialidades de alta complexidade que serão ativadas pelo Sistema Mãe de Deus.

Também interessado em garantir excelência de ensino, o prefeito Jairo Jorge revelou que tanto o Mãe de Deus, quanto a Santa Casa de Misericórdia, que também disputava a gestão do HU, destacou a importância estratégica dos estudantes em contribuir com o quadro do hospital.

Unidades da Capital

Embora a União tenha assumido os dois hospitais da Ulbra em Porto Alegre, Independência e Luterano, ainda há pontos a serem definidos quanto à utilização destas unidades. Segundo o juiz federal Guilherme Pinho Machado, uma reunião com a Fazenda Nacional determinará como será a responsabilidade do Hospital de Clínica na gestão do Luterano.

Já em relação ao Independência, apesar dos apontamentos indicarem que o Grupo Conceição administrará a casa de saúde, não há nenhuma tratativa oficial em andamento junto à Justiça Federal.

COMO ESPERADO, MÃE DE DEUS ADMINISTRARÁ HOSPITAL UNIVERSITARIO

Na última semana, a Prefeitura anunciou que é o grupo Mãe de Deus quem vai gerir o Hospital Universitário da Ulbra pelos próximos cinco anos. A notícia não surpreendeu ninguém, já que desde que a Ulbra cedeu a gestão para a administração municipal começou a se espalhar o boato de que seria mais um hospital entregue ao Mãe de Deus. Afinal, ainda neste ano o Hospital de Pronto Socorro também foi entregue, por um período de dois a três anos, para o mesmo grupo.

Enquanto a população preocupa-se com os motivos ou interesses que levaram a Prefeitura a fazer a entrega consecutiva de dois hospitais ao Mãe de Deus, o Sindisaúde-RS se mobiliza para impedir que os funcionários sejam prejudicados na rescisão de seus contratos com a universidade.

No entanto, o presidente do Sindisaúde, Gilmar França, alerta para uma realidade que está se consolidando entre o quadro de funcionários da Ulbra. "Desta vez, a tendência é acontecer um movimento inverso. Não é o Mãe de Deus que vai deixar de recontratar funcionários que a Ulbra demitiu por eles não se adequarem ao seu perfil de empregados. O que já sabemos que vai acontecer é que vários funcionários vão preferir procurar outro emprego, por acreditarem que o Mãe de Deus não tem o perfil de hospital em que eles desejam trabalhar, e isso é reflexo da administração e do tratamento que os funcionários estão recebendo nesta gestão do HPSC”, explica.

Na próxima sexta-feira, 10, às 14 horas, a direção do Sindisaúde-RS receberá em sua sede, representantes da reitoria da Ulbra. A reunião, solicitada pelos gestores da instituição hospitalar, ocorrerá para que ambas as entidades tratem de assuntos referentes às últimas deliberações tomadas pela Prefeitura de Canoas, pelo Grupo Mãe de Deus e pela própria instituição luterana, o que Reunião Na próxima sexta-feira, 10, às 14 horas, a direção do Sindisaúde-RS receberá em sua sede, representantes da reitoria da Ulbra.

A reunião, solicitada pelos gestores da instituição hospitalar, ocorrerá para que ambas as entidades tratem de assuntos referentes às últimas deliberações tomadas pela Prefeitura de Canoas, pelo Grupo Mãe de Deus e pela própria instituição luterana, o que inclui as anunciadas demissões de cerca de 900 profissionais que integram o quadro funcional dos hospitais Universitário, em Canoas, e Luterano e Independência, em Porto Alegre.

De acordo com França, além das possíveis demissões, também será debatida a dívida relativa aosimpostos Sindicais e Assistenciais,além da mensalidade dos trabalhadores, o que totaliza cercade R$ 120 mil."Esses valores foram descontados dos profissionais, no entanto, não foram repassados para o nosso Sindicato. Não cobramos antes por entendermos que em uma situação de crise financeira, devemos priorizar o pagamento dos salários dos trabalhadores, porém, com a decisão da Justiça Federal de Canoas, que liberou R$ 20 milhões para a instituição hospital, cobraremos a verba destinada à entidade sindical”, explica.

Em conversa com a equipe de reportagem de O Timoneiro, França explicou que o sindicato não aceitará pagamento parcelado das rescisões e que para que as discussões deste assunto avancem, a Ulbra precisa primeiro, explicitar como e quando pagará a dívida de R$ 120 mil. Além disso, se não houver acordo quanto às rescisões, Canoas pode testemunhar uma paralisação no HU.

Entenda o caso


No começo de novembro, a Prefeitura anunciou que, para aumentar o número de leitos do SUS para atender a Região Metropolitana e para livrar a Ulbra de um déficit mensal de R$ 1,8 milhão, o poder público assumiria por cinco anos a gestão do hospital. No entanto, esta gestão seria repassada por um parceiro privado escolhido com base em propostas enviadas durante o mês corrente. No entanto, muitoc comentavam que a escolha do Mãe de Deus já era garantida.Na tarde do dia 3 de dezembro, veio a confirmação do nome do grupo Mãe de Deus como sendo quem, a partir do dia 1º de janeiro de 2011, inicia o período de transição para assumir, pelo período de cinco anos, a gestão do Hospital Universitário da Ulbra. O anúncio foi feito pelo prefeito Jairo Jorge durante coletiva no seu gabinete.Duas instituições haviam apresentado propostas para assumir o HU: Santa Casa e Mãe de Deus e, após análise de uma comissão, ficou definido que o convênio seria assinado com o Mãe de Deus, que já tem a gestão operacional do Hospital de Pronto Socorro de Canoas.

Émerson Vasconcelos- O Timoneiro

domingo, 21 de novembro de 2010

ABSURDO, SÓ RICO PODE TER CARRO - Luiz Carlos Prates: qualquer miserável agora tem carro

A VERDADE SOBRE O FINANCIAMENTO DA SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL



Na última semana, teve destaque o debate sobre um tema crucial para o próximo governo: a saúde pública. Os grandes veículos de comunicação se limitaram a falar sobre a possível “recriação” da famigerada Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, a CPMF. Creio que o debate central, no entanto, deve ir além, e procurar sanar o problema da ineficácia do Sistema Único de Saúde (SUS), que serve de exemplo para o mundo, mas que não consegue atender com qualidade o povo brasileiro.

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, tem dito que há um “subfinanciamento crônico” do SUS. Segundo ele, para que sejam solucionados todos os problemas do nosso sistema, seriam necessários investimentos adicionais na casa dos R$ 60 bilhões ao ano. Aí que se encaixa a discussão acerca do fim da CPMF, que, na opinião do ex-secretário de Saúde do Ceará João Ananias, acarretou em redução dos investimentos numa cifra de R$ 42 bilhões anuais. Ananias, que foi eleito deputado federal pelo PCdoB cearense, afirmou que a derrubada da CPMF foi um verdadeiro “crime de lesa-pátria”.

A CPMF foi criada em 1997, no governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC). Destinava-se, segundo o então ministro Adib Jatene, a reforçar o orçamento da saúde pública. Outro camarada do PCdoB, o deputado estadual amazonense Eron Bezerra, criticou recentemente, em artigo publicado, os desvios de recursos que ocorreram naquele período. “No governo FHC (a CPMF) serviu para comprar goiabada e outros quitutes palacianos; ajudou a fazer superávit primário para tranqüilizar banqueiros e especuladores de toda ordem; também foi usada para tapar eventuais desmandos da previdência”, disse.

No governo Lula, embora não tenha havido uma solução definitiva para esse problema, a utilização da montanha de dinheiro arrecada pela CPMF foi moralizada, e os recursos passaram a ser mais bem distribuídos entre os Estados. Essa, provavelmente, é a explicação para a mobilização que ocorre atualmente entre os governadores eleitos a favor do retorno dessa contribuição. Como Dilma prometeu em campanha a ampliação dos investimentos em saúde, e 14 governadores de diferentes partidos já se posicionaram no mesmo sentido, é de se esperar que haja um consenso nacional acerca do tema.

Porém, a oposição apressou-se em rechaçar veementemente a criação de um novo tributo para financiar a saúde pública. Com exceção de alguns governadores eleitos, a exemplo de Antônio Anastasia (PSDB-MG) e Teotônio Vilela Filho (PSDB-AL), os líderes tucanos e do DEM já se posicionaram contrários a uma medida nessa linha. Em entrevista, o deputado estadual reeleito Daniel Goulart (PSDB-GO) afirmou que o problema não é carência de recursos, e sim incompetência na gestão. Os governadores eleitos pelo DEM chegaram a iniciar uma verdadeira campanha de oposição a criação de novo tributo.

Os argumentos são muitos, sobretudo a altíssima carga tributária que recai sobre os brasileiros, mas a verdade escondida sob a máscara da defesa do interesse público é outra. No mesmo artigo já citado, Eron Bezerra expõe os fatos. “A CPMF atirou no que viu e acertou no que não viu e nem previu. Sem querer o governo (FHC) acabara de criar o mais eficiente instrumento de controle da movimentação de grandes fortunas que passeavam pelo sistema bancário sem que essa montanha de recursos encontrasse correspondências nas declarações de imposto de renda. Eureca! O governo tinha agora um poderoso instrumento de rastreamento de sonegadores como jamais dispôs”, diz. Evidentemente, o ônus acaba recaindo sobre o povo, através das planilhas de custos dos empresários que repassam para os consumidores as despesas que deveriam ser deles. O problema que deve ser sanado é esse, ao invés de extinguir-se um tributo que taxa os poderosos.

Ademais, as altas cargas tributárias não são um problema em si. Na verdade, o que prejudica o povo é a discrepância entre o que é repassado ao Estado e o que retorna em forma de serviços. A Dinamarca, a Suécia e a Noruega, por exemplo, possuem cargas mais pesadas que a brasileira. Nesses países, a população paga taxas que chegam à marca dos 48%. No Brasil, pagamos atualmente algo em torno de 35% de tributos. Além disso, no atual governo houve a menor elevação dessa carga desde o fim da ditadura militar. Desde que se tenha acesso pleno a educação, saúde, cultura e demais serviços públicos de qualidade, ninguém se importará em pagar impostos.

Como disse Eron Bezerra, o financiamento da saúde, necessário e inadiável, deve vir da taxação de grandes fortunas. É necessário garantir que não haja desvio de recursos para outros setores, como houve na CPMF. Devemos, também, encontrar um instrumento que efetivamente possa fazer o que mais apavora a direita brasileira: o controle sobre a sonegação que eles praticam a luz do dia. Mesmo sendo oposição ao governo tucano, o PCdoB votou a favor da criação da CPMF. Por coerência, nosso partido deve se posicionar a favor de um novo tributo que melhore o atendimento à saúde do povo brasileiro.

Fonte: Paulo Vitor Gomes- Portal Vermelho ( Goias )

FUNCIONÁRIOS PARAM DE FAZER PLANTÃO EM HOSPITAL


Enfermeiros e auxiliares de enfermagem do Hospital das Clínicas deixaram de fazer hora extra para reivindicar reajuste salarial. Os profissionais recebem R$ 196 (enfermeiros), e R$ 128 (auxiliares de enfermagem), por plantões de 12h. O valor é o mesmo há quatro anos. Com a paralisação, iniciada há 15 dias, 700 plantões deixaram de ser feitos até hoje. Médicos do HC também devem entrar em greve por causa de salários.

Por mês são realizados cerca de 1,5 mil plantões extras de auxiliares de enfermagem e 600 plantões de enfermeiros. “Os profissionais aceitam os plantões, porque o salário é muito baixo, eles complementam a renda”, disse o presidente da associação dos Servidores do HC, Marcelo Mariano Faria. O salário para enfermeiros é de R$ 1,2 mil e para auxiliares de enfermagem é R$ 807. Com os benefícios os valores podem chegar a R$ 200 e R$ 1,3 mil, respectivamente.

A administração do HC informou que a escala dos enfermeiros e auxiliares foi readequada para que o atendimento não fosse prejudicado. (MCF)

Fonte: Gazeta de Ribeirão Preto

" NEGRO É PROTAGONISTA DO MERCADO EMERGENTE"



Brasília – Nos últimos 15 anos, a população negra economicamente ativa cresceu 58,3% e a renda média do negro subiu 29,3%, de acordo com o instituto Data Popular a partir dos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e estatística (IBGE).


Para Renato Meirelles, sócio-diretor do instituto, essa melhoria é alimentada pelas políticas distributivas (Bolsa Família e ganho real do salário mínimo) e pela ascensão que os negros apenas começam a experimentar no mercado de trabalho.“O negro é protagonista do mercado emergente”, avalia comunicado do instituto. Meirelles salienta que a melhor inserção e a maior visibilidade positiva dos negros na mídia (por exemplo, como a atriz negra Thaís Araújo protagonizando a última novela das oito na Rede Globo) tem melhorado a autoestima dos negros.


Pesquisa do Data Popular no primeiro semestre deste ano (feita em 54 cidades com 5 mil entrevistados) revela que apenas 2% dos negros queriam ter a pele mais clara (enquanto 11% dos não negros queriam ter a pele mais escura).O mesmo movimento também foi percebido pelo IBGE que verificou crescimento de 6% das autodeclarações como “negros” entre as pesquisas de amostra domiciliar (Pnad) de 1999 e 2009. Segundo Renato Meirelles, ascensão social e aumento da autoestima repercutem no comportamento e no consumo, disse citando o interesse geral pela cultura hip hop e o uso de dread nos cabelos, inclusive loiros.


Conforme o Data Popular, “essa população [negra] está em busca de status de consumidora, revelando a necessidade da criação de linhas e produtos específicos para ela”. O comunicado do instituto aponta que o consumo se liga à imagem. “Estar bem-arrumado é importante tanto para as mulheres quanto para os homens negros, seja para diminuir a discriminação, seja para reforçar a identidade”.Para Tatiana Dias da Silva, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), as políticas de cotas raciais para ingresso nas universidades poderão ser um mecanismo importante para melhor inserção do negro no mercado de trabalho e aumento de sua renda.


Além dos efeitos na autoestima da população, ter mais negros cursando o nível superior também poderá mudar a composição das elites e a formação dos quadros de dirigentes do governo.Para ela, isso terá reflexo, por exemplo, nas decisões sobre as políticas sociais. “Isso é fundamental não só para tornar transversal a discussão e mudar a composição dos quadros. Com a diversidade, começamos a compreender os problemas de várias perspectivas”.


A técnica do Ipea estima que a ascensão dos negros verificada na Pnad reflete “em parte” as políticas de cotas raciais nas universidades.O dado, no entanto, ainda não foi medido pelo IBGE que não perguntou em questionário de suas pesquisas se os estudantes negros entrevistados entraram nas universidades por meio de cota. Para Ana Lúcia Sabóia, chefe da Divisão de Indicadores do IBGE, é possível que as cotas raciais no ensino superior possam ter essas repercussões, mas “não deu tempo ainda” para o diagnóstico, “o período foi curto”, explica. Para Tatiana da Silva, perguntar sobre as cotas nas futuras Pnads, “pode ser uma possibilidade interessante”, recomendou.

Fonte: Gilbero Costa- Agencia Brasil

NÍVEL DE VIDA DA POPULAÇÃO MELHORA E DESPERTA A IRA DAS ELITES

Secou a fonte das serviçais a preço de merreca e algumas peças de roupas usadas.

É indisfarçável o ódio das elites ao modelo de governo que, com programas sociais de amplo alcance, incluiu milhões de brasileiros que viviam há séculos condenados a marginalidade econômica. Eles nem tentam mais disfarçar, atiçando seus cães de guarda a rosnarem impropérios contra os novos consumidores e cidadãos de direito.


O episódio do comentarista de TV em Santa Catarina é emblemático, pois ele foi explícito ao reclamar: ?O sujeito mora apertado em uma gaiola, que hoje chamam de apartamento, não tem nenhuma qualidade de vida, mas tem um carro na garagem. E esse camarada casado, como não suporta a mulher dele, nem a mulher suporta ele, sai. Vão para a estrada. Vão se distrair, vão se divertir. E aí, inconscientemente, o cara quer compensar suas frustrações com excesso de velocidade. Tem cabimento o camarada não vencer a curva? Como se curva fosse feita para vencer... Então é isso, estultícia, falta de respeito, frustração, casais que não se toleram, popularização do automóvel, resultado desse governo espúrio, que popularizou pelo crédito fácil o carro para quem nunca tinha lido um livro. É isso?.


Nada mais claro e direto. O problema é o consumo hoje possível para aqueles que até ontem viviam apenas a espera das migalhas que caiam da mesa da classe média das grandes cidades. As madames estão indignadas, pois a facilidade com que se conseguia uma ?empregada doméstica bem baratinha? acabou, pois a migração em busca de alguma qualidade de vida nos grandes centos urbanos acabou. Secou a fonte das serviçais a preço de merreca e algumas peças de roupas usadas.


Isso leva os saudosistas da senzala a exporem sua ira social, acusando o governo de facilitar a vida dos miseráveis com programas como o Bolsa Família, apelidado pelos recalcados como Bolsa Esmola. Imprime velocidade nas tentativas de desmoralização de programas como o ProUni, com o qual, pela lei, as universidades privadas devem instituir políticas de ações afirmativas para receber recursos do ProUni, com reserva de parte das bolsas de estudo para alunos que tenham cursado o ensino médio completo em escolas da rede pública ou em instituições privadas na condição de bolsista integral, sendo que parte das bolsas deve ser concedida para negros, indígenas e pessoas portadoras de necessidades especiais.


Além disso, a lei determina que as bolsas de estudo integrais só sejam concedidas a brasileiros cuja renda familiar mensal per capita não exceda 1,5 salários-mínimos. Estão avançando contra o Enem, afinal, com que direito o filho de peão de obra pode sonhar cursar engenharia?


O desespero e o ódio são evidentes e fica exposto no comentário da patricinha, estudante de direito que no microblog Twitter convocou seus iguais: ?Nordestisto não é gente, faça um favor a SP, mate um nordestino afogado!?. O MP de São Paulo está preocupado com a escolaridade do Tiririca, enquanto o preconceito vai sendo adubado na estufa do ódio. ?Na primeira noite eles entram em nosso jardim e roubam nossa rosa. E nós não dizemos nada. Na segunda noite já não se escondem e pisam em nossas flores. E nós não dizemos nada. Na terceira noite entram no jardim, roubam nossas flores, matam nosso cão. E nós, não dizemos nada. Finalmente, o mais fraco deles invade nossa casa e corta nossas línguas. Então, não podemos falar mais nada?.


Bertold Brecht.

Fonte: Beatriz Fagundes- Jornal o SUL

" SUA VACA"



Chamar a atenção de empregados em público, causando constrangimento, pode ser caracterizado como assédio moral. Recentemente, a juíza da Vara do Trabalho de São Sebastião do Paraíso (MG), Clarice Santos Castro, julgou um caso de assédio moral, no qual o tratamento dispensado aos empregados pelo gerente foi considerado abusivo, tornando o ambiente de trabalho hostil.


Citando doutrina, ela lembra que, para a caracterização do dano moral, considerado como lesão na esfera da dignidade humana, em seus diversos aspectos, é preciso que haja uma conduta violadora da personalidade, isto é, lesiva ao direito subjetivo da vítima, como a honra e a imagem ou qualquer outro aspecto da sua condição humana. Assim, como se trata de lesão de ordem imaterial, subjetiva, não se pode exigir os mesmos meios de prova utilizados para a comprovação do dano material.


Afinal, como comprovar a dor, a tristeza ou a humilhação através de depoimentos, documentos ou perícia? No caso, embora a primeira testemunha levada pela empregada que denunciou a conduta abusiva do gerente tenha afirmado desconhecer qualquer ofensa dirigida a ela, acabou confirmando, por meios indiretos, o ambiente hostil, ao reafirmar o tratamento desrespeitoso contra todos os empregados, por parte do gerente da Bojo Brasil, que usava termos ofensivos e chamava a atenção dos subordinados em público. Já a segunda testemunha disse ter visto o gerente chamando a reclamante de “vaca” na frente de todos os colegas.


A juíza alerta que, nos termos do artigo 932 do Código Civil, o empregador responde pelos atos praticados por seus empregados, no exercício do trabalho, independentemente de culpa. Principalmente, se a esse empregado for dado poder diretivo, como no caso. Ela considerou que a empregada conseguiu provar que a conduta do gerente, patrocinada pela reclamada, não se resumia a um tratamento rude, mas, transformava a sua rotina de trabalho em algo opressivo e humilhante. Portanto, ficou evidenciado o abuso por parte da ré e, consequentemente, a conduta ilícita.


Assim sendo, conforme ponderou a magistrada, a prova do dano não é fundamental, por situar-se este na esfera íntima da vítima, até porque, a potencialidade ofensiva do ato praticado é indiscutível: “No caso em vertente, é induvidosa a carga dilacerante que carregam as ofensas dirigidas à obreira, ensejadoras de dor e humilhação, em outros dizeres, abalo à dignidade. Não se pode descuidar de que a ação agressiva continuada cria para qualquer trabalhador um ambiente hostil, que lhe sangra a auto-estima em gotas” , finaliza a magistrada, fixando em R$5.000,00 a indenização por danos morais a ser paga à autora.


A sentença foi mantida pelo TRT, que apenas reduziu o valor da indenização para R$3.000,00.

Atua em nome da autora o advogado Waldemar Jose Duarte Pimenta. (Proc. nº 01595-2009-151-03-00-1 - com informações do TRT-MG)