Gilmar França

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domingo, 26 de dezembro de 2010

COMISSÃO VISITA GRACINHA E COMPROVA CALAMIDADE

O Conselho Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul emitiu um relatório a respeito da visita que a sua comissão permanente de fiscalização fez ao Hospital Nossa Senhora das Graças no dia 5 de novembro. A visita foi realizada depois que o Conselho recebeu uma carta do filho do paciente João Alfredo Batista, que em agosto foi internado e recebeu um atendimento precário no Gracinha.

Os apontamentos mostrados no relatório e as fotografias que a comissão apresentou trazem a público uma situação calamitosa e desumana dentro de uma das principais casa de saúde da Região Metropolitana.

Remendos

As informações apresentadas pela comissão dão conta de que na UTI do Gracinha os medicamentos são guardados em caixas de plástico que estão com suas tampas quebradas e remendadas com esparadrapo.


Falta de higiene

Foram encontradas no hospital lixeiras improvisadas feitas com baldes furados. O relatório diz que as cadeiras de metal estão enferrujadas e que embora a instituição possua bacias e papagaios de inox, estes se encontravam sujos na ocasião da visita.


A comissão encontrou também paredes mofadas e janelas sem proteção de tela para evitar entrada de insetos. Em algumas enfermarias os banheiros estão em péssimas condições, inclusive com ralos tapados com plásticos.


Pacientes reclamaram à comissão que as roupas de cama são trocadas apenas de três em três dias. Já as mesas de cabeceira são de ferro e estão enferrujadas. Quatro pacientes relataram que os alimentos são colocados sobre estas mesas apenas protegidos por um único guardanapo de papel.


Foi constatado que a rouparia não tem lençóis suficientes e que na ocasião da visita materiais que eram destinados à entrega no HPSC estavam no chão.

Ferrugem

Os carrinhos utilizados para transporte de roupas também foram apontados como inapropriados, além disso, estão enferrujados.

Falta de cuidados

Foi verificado que existem pacientes colocados em camas sem proteção lateral. Além disso, alguns deles não estão identificados em suas camas. No isolamento da UTI uma única funcionária cuida dos pacientes.
Também foi visto que pacientes aguardam cirurgias em macas igualmente sem proteção e sem identificação. Além disso, são usados aparelhos de oxigênio conjuntos para mais de um leito.

Cozinha

O relatório informa que um auto de infração já foi aplicado no Hospital, tendo o técnico da Vigilância Sanitária de Canoas prometido enviar cópia deste documento à comissão.


Salas

A sala de recuperação também preocupou a comissão. O local não tem paredes montadas e as cortinas estão sem utilização. Com isso, os procedimentos são realizados sem privacidade para os pacientes. As salas cirúrgicas foram consideradas em péssimas condições pelos representantes do conselho. Paralelamente, o centro de material esterilizado está praticamente pronto para a utilização, mas seu "arsenal” está oxidado e foi entregue pelos componentes do grupo de fiscalização à enfermeira chefe do setor. Na sala de esterilização a autoclave do banheiro está sem condições de uso.

Fonte: O Timoneiro - Emerson Vasconcelos

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