Gilmar França

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domingo, 16 de janeiro de 2011

ULBRA REAFIRMA NÃO TER DINHEIRO PARA PAGAR RESCISÕES TRABALHISTAS

Na manhã de hoje (13/01), ocorreu a primeira reunião de mediação entre representantes da Ulbra e do SINDIDAÚDE-RS na Superintendência Regional do Trabalho do RS (SRTE/RS). No encontro, mediado pelo auditor do trabalho, Paulo César Conceição, o assessor da reitoria da entidade luterana, José Luiz Duizith, voltou a afirmar que a instituição não tem dinheiro para pagar as rescisões dos trabalhadores do Hospital Universitário, e solicitou o parcelamento das dívidas.



Mantendo a mesma posição desde que foi informado da falta de recursos para efetuar os pagamentos, Gilmar França, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde, assegurou que não há possibilidade de parcelamento.



“Não tem como, até porque uma proposta dessas deveria prever valores referentes a multas e juros. Também teríamos que ter no mínimo uma garantia de cumprimento do acordo, que poderia ser em forma de estabilidade trabalhista para os profissionais que desejam continuar com a nova gestão ou algum bem material. No entanto, a situação é complicada. Conforme nos informaram, há o risco de a entidade perder até o seu CNPJ, o que bloquearia qualquer tipo de tratativa”, explica.



Também estiveram presentes na reunião representantes do Sindicato dos Farmacêuticos no RS (Sindifars) e do Sindicato dos Técnicos e Auxiliares em Radiologia do RS (Sintargs). No dia 20 de janeiro, haverá uma nova mediação, desta vez com a convocação dos representantes do Grupo Mãe de Deus e da Prefeitura Municipal de Canoas.



Situação ilegal



Todos os trabalhadores que optaram por continuar trabalhando no HU estão em situação ilegal. De acordo com França, os profissionais permanecem realizando as atividades para o Mãe de Deus sem nenhuma garantia: estão sem as carteiras de trabalho que foram retidas pela administração da Ulbra e ainda não foram devolvidas, sem contrato de trabalho com a nova gestão, sem saber os salários que irão receber, assim como também desconhecem a carga horária a que serão condicionados.



“Muitos ainda nem fizeram o exame médico demissional. Caso aconteça algum acidente de trabalho ou de trajeto, quem será o responsável? A Ulbra, o Mãe de Deus ou a Prefeitura de Canoas?”, questiona o dirigente sindical. Para pedir a uma fiscalização imediata no local, está agendada para o dia 18 de janeiro, uma reunião com o Superintendente Regional do Trabalho, Heron Oliveira.





Graziele Corrêa – MPT 14.890

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