Gilmar França

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sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Ato público e passeata marcam mobilização pelas 30 Horas em Santa Maria



Hoje (17/08) pela manhã a Frente Parlamentar Gaúcha em Defesa da Enfermagem realizou o primeiro ato público regional no interior do Estado. A Câmara de Vereadores de Santa Maria recebeu às 10h dezenas de pessoas, entre trabalhadores e estudantes da saúde da região e numerosa comitiva da Grande Porto Alegre.


Depois do ato, uma passeata deslocou-se da Rua Vale Machado – onde se localiza a Câmara - pela Avenida Rio Branco e na esquina com a Venâncio Aires, defronte à Praça Saldanha Marinho, discursos e panfleteação, encerraram a manifestação. No percurso, os manifestantes distribuíram materiais explicando o movimento à população.

Na comitiva de Porto Alegre que participou do movimento estavam funcionários do Instituto de Cardiologia, Hospital de Clínicas, Hospital Conceição, Fêmina, Ernesto Dorneles, Vila Nova, dos PSFs e Santa Casa de Porto Alegre. Trabalhadores do Hospital de Alvorada, do Dom João Becker de Gravataí e do Hospital da ULBRA de Canoas também compareceram junto com dirigentes do SINDISAÚDE-RS.

Uma grande mobilização em torno da votação do PL foi a proposta encaminhada pelo presidente da FEESSEERS, Milton Kempfer, durante o evento da Câmara Municipal. Para ele, é justo que os trabalhadores da enfermagem, que cumprem jornadas excessivas e atendem a um grande número de pacientes, sejam reconhecidos e tenham reduzida a sua jornada.

A proposta foi acolhida pelo coordenador da Frente Parlamentar, deputado Valdeci Oliveira (PT), que também anunciou que, além da realização do Ato Público de Passo Fundo, na Câmara de Vereadores, às 10h do dia 31 de agosto, estão programadas manifestações em Pelotas, Caxias do Sul e Canoas.

O presidente do SINDISAÚDE-RS, Gilmar França, lembrou que apesar de a jornada das 30 horas não ter sido regulamentada ainda, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) já sugere a sua aplicação. Em contraposição, argumentou que ela não vai acarretar em impacto financeiro para as instituições.

Para a presidente do Sindicato dos Enfermeiros do RS, Nelci Dias, o que quebra os hospitais é a falta de gerenciamento e não os gastos com pessoal.

“Não podemos mais aceitar mais trabalhar sem horário regulamentado, sem piso salarial e sem local adequado para descanso”, defendeu o presidente do COREN-RS, Ricardo Rivero.

A enfermeira Adriana Krum – representante da Secretaria Municipal da Saúde – lembrou que os fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e os assistentes sociais já possuem as 30 horas e que o benefício deve ser estendido para os demais trabalhadores da saúde.

A coordenadora de Enfermagem do Hospital Universitário de Santa Maria, Sueli Guerra, lembrou a vergonha que foi a articulação política que retirou o Projeto de Lei 2295/2000 da pauta no Congresso Nacional. “Nosso movimento deve evitar com que isto ocorra novamente”, defendeu.

Rosa Pitsch (MTb-5015)

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