Na última semana, a Prefeitura anunciou que é o grupo Mãe de Deus quem vai gerir o Hospital Universitário da Ulbra pelos próximos cinco anos. A notícia não surpreendeu ninguém, já que desde que a Ulbra cedeu a gestão para a administração municipal começou a se espalhar o boato de que seria mais um hospital entregue ao Mãe de Deus. Afinal, ainda neste ano o Hospital de Pronto Socorro também foi entregue, por um período de dois a três anos, para o mesmo grupo.
Enquanto a população preocupa-se com os motivos ou interesses que levaram a Prefeitura a fazer a entrega consecutiva de dois hospitais ao Mãe de Deus, o Sindisaúde-RS se mobiliza para impedir que os funcionários sejam prejudicados na rescisão de seus contratos com a universidade.
No entanto, o presidente do Sindisaúde, Gilmar França, alerta para uma realidade que está se consolidando entre o quadro de funcionários da Ulbra. "Desta vez, a tendência é acontecer um movimento inverso. Não é o Mãe de Deus que vai deixar de recontratar funcionários que a Ulbra demitiu por eles não se adequarem ao seu perfil de empregados. O que já sabemos que vai acontecer é que vários funcionários vão preferir procurar outro emprego, por acreditarem que o Mãe de Deus não tem o perfil de hospital em que eles desejam trabalhar, e isso é reflexo da administração e do tratamento que os funcionários estão recebendo nesta gestão do HPSC”, explica.
Na próxima sexta-feira, 10, às 14 horas, a direção do Sindisaúde-RS receberá em sua sede, representantes da reitoria da Ulbra. A reunião, solicitada pelos gestores da instituição hospitalar, ocorrerá para que ambas as entidades tratem de assuntos referentes às últimas deliberações tomadas pela Prefeitura de Canoas, pelo Grupo Mãe de Deus e pela própria instituição luterana, o que Reunião Na próxima sexta-feira, 10, às 14 horas, a direção do Sindisaúde-RS receberá em sua sede, representantes da reitoria da Ulbra.
A reunião, solicitada pelos gestores da instituição hospitalar, ocorrerá para que ambas as entidades tratem de assuntos referentes às últimas deliberações tomadas pela Prefeitura de Canoas, pelo Grupo Mãe de Deus e pela própria instituição luterana, o que inclui as anunciadas demissões de cerca de 900 profissionais que integram o quadro funcional dos hospitais Universitário, em Canoas, e Luterano e Independência, em Porto Alegre.
De acordo com França, além das possíveis demissões, também será debatida a dívida relativa aosimpostos Sindicais e Assistenciais,além da mensalidade dos trabalhadores, o que totaliza cercade R$ 120 mil."Esses valores foram descontados dos profissionais, no entanto, não foram repassados para o nosso Sindicato. Não cobramos antes por entendermos que em uma situação de crise financeira, devemos priorizar o pagamento dos salários dos trabalhadores, porém, com a decisão da Justiça Federal de Canoas, que liberou R$ 20 milhões para a instituição hospital, cobraremos a verba destinada à entidade sindical”, explica.
Em conversa com a equipe de reportagem de O Timoneiro, França explicou que o sindicato não aceitará pagamento parcelado das rescisões e que para que as discussões deste assunto avancem, a Ulbra precisa primeiro, explicitar como e quando pagará a dívida de R$ 120 mil. Além disso, se não houver acordo quanto às rescisões, Canoas pode testemunhar uma paralisação no HU.
Entenda o caso
No começo de novembro, a Prefeitura anunciou que, para aumentar o número de leitos do SUS para atender a Região Metropolitana e para livrar a Ulbra de um déficit mensal de R$ 1,8 milhão, o poder público assumiria por cinco anos a gestão do hospital. No entanto, esta gestão seria repassada por um parceiro privado escolhido com base em propostas enviadas durante o mês corrente. No entanto, muitoc comentavam que a escolha do Mãe de Deus já era garantida.Na tarde do dia 3 de dezembro, veio a confirmação do nome do grupo Mãe de Deus como sendo quem, a partir do dia 1º de janeiro de 2011, inicia o período de transição para assumir, pelo período de cinco anos, a gestão do Hospital Universitário da Ulbra. O anúncio foi feito pelo prefeito Jairo Jorge durante coletiva no seu gabinete.Duas instituições haviam apresentado propostas para assumir o HU: Santa Casa e Mãe de Deus e, após análise de uma comissão, ficou definido que o convênio seria assinado com o Mãe de Deus, que já tem a gestão operacional do Hospital de Pronto Socorro de Canoas.
Émerson Vasconcelos- O Timoneiro
A população de Canoas tem de dar graças a Deus pela parceria da Prefeitura com o Mãze de Deus. O Sistema de Saúde Mãe de Deus é um exemplo de gestão na saúde e a comunidade ficará muito bem servida. É óbvio que os funcionários serão demitidos e readmitidos no Mãe de Deus! Criticar uma ação espetacular dessas só ignorantes ou mal intencionados!
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