Gilmar França

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terça-feira, 1 de maio de 2012

CENTRO DE SAÚDE DO TRABALHADOR FAZ ALERTA CONTRA ASSÉDIO MORAL

Trabalhadores que sofrem pressão, intimidação ou humilhação no ambiente de trabalho podem estar expostos ao assédio moral. Para lembrar o Dia de Reação ao Assédio Moral, comemorado quarta-feira, 2 de maio, o Centro de Referência Estadual em Saúde do Trabalhador (Cerest) alerta para os danos e os procedimentos a serem tomados por pessoas vítimas deste agravo. O assédio moral é todo tipo de ação, gesto ou palavra que atinge, pela repetição, a autoestima e a segurança de um indivíduo, fazendo-o duvidar de si e de sua competência. Dentre os males causados estão a depressão, palpitações, tremores, distúrbios do sono, hipertensão, distúrbios digestivos, dores generalizadas, alteração da libido e pensamentos ou tentativas de suicídios que configuram um cotidiano sofrido. Segundo a psicóloga do Cerest, Luana Salim, isso pode trazer sérios danos à saúde, à evolução da carreira profissional ou à estabilidade do vínculo empregatício dos trabalhadores no exercício de suas funções. “Nos casos mais graves, a Previdência Social reconhece os danos psicológicos e emocionais sofridos pelo trabalhador como acidente de trabalho, podendo acontecer a aposentadoria por invalidez precoce”, explica. Luana ressalta que, apesar do atual conceito do assédio moral, já existe um estudo que pode comprovar que uma ação isolada e constrangedora do agressor pode se considerada assédio moral. De 2008 a 2012 o Cerest registrou 233 acolhimentos de agravos relacionados ao trabalho; destes; 15 foram de assédio moral, dos quais doze envolvendo mulheres e três com homens, dez servidores públicos e cinco do setor privado. Segundo Luana Salim, no caso de assédio moral o trabalhador é orientado a anotar com detalhes as humilhações sofridas com dia, mês, ano, hora, local ou setor e nome do agressor. Também deve procurar a ajuda dos colegas, principalmente daqueles que testemunharam o fato ou que já sofreram humilhações pela mesma pessoa, além de recorrer ao Centro de Referencia em Saúde dos Trabalhadores. “O apoio é fundamental dentro e fora da empresa. A vítima deve se embasar de provas essenciais para fazer uma possível busca jurídica”, afirma. Vinculado à Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), o Cerest é um polo da rede do Sistema Único de Saúde (SUS) destinado a ações que promovam a saúde do trabalhador. Tem como objetivo coordenar e articular as diretrizes da política nacional de segurança e saúde do trabalhador, por meio da atenção integral à saúde nas zonas urbana e rural, independentemente do vínculo empregatício e da forma de inserção no mercado de trabalho. O centro faz acolhimento multiprofissional aos trabalhadores, dentre os quais o adoecimento mental relacionado ao trabalho. As ações estão voltadas para a redução de acidentes, doenças ocupacionais e outros agravos relacionados ao trabalho. O Cerest também trabalha com a elaboração de programas de educação e prestação de serviços sociais que orientam indivíduos, famílias e a comunidade sobre seus direitos e deveres. O centro fica na avenida Assis de Vasconcelos, 583. O telefone é (91) 4006-0065. Fonte: Agência Pará Noticias Texto: Edna Sidou - Sespa

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