Sindisaúde pede reabertura de hospitais da Ulbra
O diretor jurídico do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem, Técnicos, Duchistas, Massagistas e Empregados em Hospitais e Casas de Saúde do RS (Sindisaúde), Gilmar França, pediu apoio dos vereadores para que pressionem a Prefeitura e o Estado a reabrirem os hospitais Luterano e Independência, ambos da Ulbra. O pedido foi feito durante participação na Tribuna Popular da Câmara Municipal de Porto Alegre nesta quinta-feira (27/8). França observou que os hospitais estão fechados desde 14 de abril e que, por causa disso, a cidade perdeu 400 leitos. "Desde 2005 o sindicato alertava que a administração dos hospitais era temerária e nada foi feito. Enquanto os 400 leitos da Ulbra estão vazios, os governos compram vagas no Mãe de Deus e no Moinhos de Vento."
França disse que, além de defender os interesses de 800 trabalhadores que estão há quatro meses sem atividade, o Sindisaúde se preocupa com a saúde da população porto-alegrense. Ele considera inadmissível o fato de o prefeito José Fogaça e o secretário municipal da Saúde, Eliseu Santos, não terem tomado nenhuma atitude para que os hospitais sejam reabertos. A mesma crítica foi feita ao secretário estadual de Saúde, Osmar Terra. "Em dezembro de 2008, Terra garantiu que os hospitais não seriam fechados. Em abril, depois que fecharam, prometeu reabri-los, o que não fez até agora."
Lideranças
Carlos Todeschini (PT), que falou em nome da oposição, acusou o prefeito José Fogaça de omissão no caso dos hospitais. Lembrou que quando a crise da Ulbra explodiu foi assinado um documento pelos prefeitos de Canoas, Tramandaí e Porto Alegre comprometendo-se a rebarir os hospitais. "Em Canoas e Tramandaí os hospitais foram reabertos, mas em Porto Alegre não. Parace que Fogaça não manda nada."
Alceu Brasinha (PTB) criticou o discurso de Todeschini, que classificou de "mentiroso". Garantiu que ele e sua bancada são parceiros dos trabalhadores para resolver a situação, mas salientou que "não se pode jogar para a torcida", em referência aos funcionários dos hospitais que estavam nas galerias do Plenário.
Dr. Thiago (PDT) disse que seu partido está solidário com a luta do Sindisaúde e dos trabalhadores dos hospitais da Ulbra. Para ele, a crise que se abateu sobre a instituição mostra que o modelo ortodoxo de hospital (100% privado ou 100% SUS) não funciona. Para ele, o modelo ideal é de hospital que atenda pelo SUS mas tenha recursos privados para garantir sua modernização.
Marco Aurélio Marocco (reg. prof. 6062)
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Vereadores devem intermediar reabertura de hospitais da Ulbra
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