Gilmar França

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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

GENGIS KHAN E SEU FALCÃO - A LENDA





Certa,manhã,o guerreiro mongol e sua corte saíram para caçar. Enquanto seus companheiros levaram flechas e arcos,Gengis Khan carregava seu falcão favorito no braço - que era melhor e mais preciso que qualquer flecha, porque podia subir aos céus, e ver tudo aquilo que o ser humano não consegue ver.

Entretanto, apesar de todo o entusiasmo do grupo, não conseguiram encontrar nada. Decepcionado, Gengis Khan voltou para seu acampamento - mas para não descarregar sua frustração em seus companheiros, separou-se da comitiva e resolveu caminhar sozinho. Tinham permanecido na floresta mais tempo que o esperado, e khan estava morto de cansaço e de sede. Por causa do calor do verão, os riachos estavam secos, não conseguia encontrar nada para beber até que- milagre! - viu um fio de água descendo de um rochedo a sua frente. Na mesma hora retirou o falcão do seu braço, pegou o pequeno cálice de prata que sempre carregava consigo, demorou um longo tempo para enchê-lo, e quando estava preste a levá-lo aos lábios, o falcão levantou voo e arrancou o copo de suas mãos atirando-o longe. Gengis Khan ficou furioso, mas era seu animal favorito, talvez estivesse também com sede. Apanhou o cálice, limpou a poeira, e tornou a enchê-lo. Com o copo pela metade, o falcão de novo atacou-o, derramando o líquido.

Gengis Khan adorava seu animal, mas sabia que não poderia deixar-se desrespeitar em nenhuma circunstância, já que alguém podia estar assistindo a cena de longe, e mais tarde contaria aos seus guerreiros que o grande conquistador era incapaz de domar uma simples ave. Desta vez, tirou a espada da cintura, pegou o cálice e recomeçou a enchê-lo - mantendo um olho na fonte, e outro no falcão. Assim que viu ter água suficiente, e quando estava pronto para beber, o falcão de novo levantou voo, e veio em sua direção. Khan, em um golpe certeiro, atravessou o seu peito.

Mas o fio de água havia secado. Decidido a beber de qualquer maneira, subiu o rochedo em busca da fonte. Para sua surpresa, havia realmente uma poça d'agua e no meio dela, morta, uma das serpentes mais da venenosas região. Se tivesse bebido a água, já naõ estaria mais no mundo dos vivos.

Kahan voltou ao acampamento com o falcão morto em seus braços. Mandou fazer uma reprodução em ouro da ave, e gravou em uma das asas:

"MESMO QUANDO UM AMIGO FAZ ALGO QUE VOCÊ NÃO GOSTA, ELE CONTINUA SENDO SEU AMIGO".

Na outra asa, mandou escrever :

QUALQUER AÇÃO MOTIVADA PELA FÚRIA É UMA AÇÃO CONDENADA AO FRACASSO".

Calma companheiros isto e apenas uma lenda que o escritor "PAULO COELHO" teve oportunidade de ouvir em uma visita ao Cazaquistão, na Àsia Central".

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